Real digital: moeda digital brasileira – DREX

Real digital: DREX. Como funcionará a moeda digital brasileira, onde comprar ou acessar, benefícios, custos para o cliente e qual a relação com o PIX

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As Criptomoedas são uma realidade há tempos.

Presentes no mercado financeiro desde 2008, ano em que o Bitcoin foi criado, elas foram instituídas para que as pessoas (sem importar em que parte do mundo estejam) possam realizar operações financeiras sem o intermédio de instituições ou mesmo de governos.

Mas e esse tal de Drex? O que é?

O Drex não é uma criptomoeda. Ele nada mais é do que o Real, a moeda brasileira oficial, em formato digital. Por isso, chamada de Real Digital.

Na contramão dos objetivos de uma criptomoeda tradicional, o Real Digital é regulado pelo Banco Central(BC) e emitido somente em sua plataforma.

De acordo com o BC, “tem as mesmas garantias e segurança do real tradicional”. Além disso, “depende de um banco ou de outra instituição para o seu uso pelo cidadão”.

Neste primeiro momento, a prioridade é desenvolver a Plataforma Drex para o uso em transações dentro do mercado nacional. Conforme informado pelo Banco Central, “há discussões e acompanhamento de testes de pagamentos internacionais com outras moedas digitais de bancos centrais”.

 

Projeto Lei 3825/2019

Ainda falando um pouco sobre as criptomoedas tradicionais, no Senado Federal há um Projeto Lei (3.825/2019) que “propõe a regulamentação do mercado de criptoativos no país, mediante a definição de conceitos, diretrizes, sistema de licenciamento de Exchanges, supervisão e fiscalização pelo Banco Central e CVM, medidas de combate à lavagem de dinheiro e outras práticas ilícitas e penalidades aplicadas à gestão fraudulenta ou temerária de Exchanges de criptoativos.”.

 

Pelo mundo

Tornar o dinheiro digital é algo que vem ocorrendo em outros países.

Uma parte deste processo todo vai ocorrer através de um CBDC ou Central Bank Digital Currency, uma versão digital da moeda oficial dos países que, por sua vez, é coordenado pelo Banco Central do país em questão.

O conceito é baseado nas criptomoedas. Mas só o conceito, uma vez que não há a descentralização que ocorre no mundo das criptomoedas.

Atualmente, a China é o país onde esse tipo de moeda está mais avançado. Lá, desde 2014 as pesquisas e desenvolvimento vem avançando.

Na China, o Yuan Digital é usado para pagamentos no dia a dia e, inclusive, salários são pagos com ele.

 

Por que “Drex”?

A escolha deste nome está associada às letras “D” e “R”, fazendo referência ao Real Digital.

A letra “E” vem de “Eletrônico”.

E o “X” é para trazer a ideia de conexão, associando à tecnologia utilizada.

 

Como funcionará?

O desenvolvimento do Drex iniciou em agosto de 2020.

De lá para cá houve discussões no assunto e o projeto vem evoluindo.

Ainda em desenvolvimento pelo Banco Central, a Plataforma do Drex utilizará uma tecnologia de registro distribuído (Distributed Ledger Technology – DLT)

Essa plataforma permitirá que transações financeiras com ativos digitais, bem como, contratos inteligentes, estejam à disposição das pessoas.

Estes serviços financeiros serão liquidados pelos bancos dentro dessa Plataforma que o BC está desenvolvendo.

As informações mais recentes relatam a instituição do Fórum Drex, que é um espaço aberto para participação de interessados cadastrados, com divulgação de debates e informações à sociedade.

O projeto Piloto do Drex selecionou 16 propostas de empresas que irão participar dos primeiros testes:

  • Bradesco, Nuclea e Setl;
  • Nubank;
  • Banco Inter, Microsoft e 7Comm;
  • Santander, Santander Asset Management, F1RST e Toro CTVM;
  • Itaú Unibanco;
  • Basa, TecBan, Pinbank, Dinamo, Cresol, Banco Arbi, Ntokens, Clear Sale, Foxbit, CPqD, AWS e Parfin;
  • Caixa, Elo e Microsoft;
  • SFCoop: Ailos, Cresol, Sicoob, Sicredi e Unicred;
  • XP, Visa;
  • Banco BV;
  • Banco BTG;
  • Banco ABC, Hamsa, LoopiPay e Microsoft;
  • Banco B3, B3 e B3 Digitas;
  • Consórcio ABBC: Banco Brasileiro de Crédito, Banco Ribeirão Preto, Banco Original, Banco ABC Brasil, Banco BS2 e Banco Seguro, ABBC, BBChain, Microsoft e BIP;
  • MBPay, Cerc, Sinqia, Mastercard e Banco Genial;
  • Banco do Brasil.

Mas vamos a um exemplo prático:
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Digamos que a pessoa queira comprar um imóvel. Mas a pessoa só deseja fazer a transferência deste imóvel quando o dinheiro estiver na conta.

Por outro lado, o comprador só quer transferir o dinheiro ao vendedor, quando tiver a garantia que o imóvel passa a ser dele.

Com a utilização de um contrato inteligente, todo o negócio será concluído dentro da Plataforma Drex.

Assim que o comprador fizer o pagamento, a documentação será preenchida e o imóvel passará para o nome do comprador.

Caso o pagamento não vier, a documentação não é preenchida. E neste caso, o negócio não é finalizado, pois o dinheiro também não sai da conta do comprador.

Assim, havendo um problema em qualquer uma das pontas da operação, nem vendedor, nem comprador, ficarão no prejuízo.

 

Onde comprar ou acessar?

Ainda não há data específica para o lançamento do Drex.

O BC informa que no final de 2024 serão incluídos testes com a população com o projeto piloto. Porém, para que esse objetivo seja alcançado, os participantes do mercado precisarão ter atingido um grau adequado de maturidade.

O acesso à plataforma do Drex será feito por meio de um intermediário financeiro autorizado pelo BC.

Um intermediário financeiro poderá ser um banco ou alguma outra instituição que venha a ter autorização.

Este intermediário fará a transferência do dinheiro depositado em conta para uma carteira digital do Drex. Com isso, a pessoa poderá realizar transações com os ativos digitais.

 

Benefícios do Drex

O Banco Central está criando o Drex para que as pessoas possam ter acesso a:

  • operações de produtos e serviços tradicionais, como investimentos e financiamentos, com mais segurança;
  • contratos inteligentes, protocolos de intermediações de compra e venda de produtos e serviços, de forma facilitada e inovadora;
  • novos tipos de produtos e serviços financeiros digitais.

 

Custos do Drex para o Cliente

Da mesma forma como as operações atuais, um cliente vai pagar o valor cobrado pela instituição financeira pela oferta do produto ou serviço na Plataforma Drex.

Ou seja, assim como crédito, investimento, seguros, serviços inteligentes, entre outros, são cobrados atualmente, a cobrança vai existir na Plataforma Drex também.

 

Valor

De acordo com o BC, a implantação do Drex não terá muito impacto sobre a demanda por dinheiro físico.

O principal objetivo seria facilitar o acesso da população a serviços financeiros inteligentes.

Como já explicamos no início, o Drex será uma CBDC (Central Bank Digital Currency). Uma moeda alternativa, que terá o mesmo valor do dinheiro tradicional que levamos na nossa carteira.

Assim, 1 Drex será igual a 1 Real.

Uma diferença importante é que o Drex não poderá ser convertido em cédulas, pois o cidadão receberá códigos gerados pelo BC indicando os valores.

 

Pix e Drex: qual a diferença?

O Pix é um meio de pagamento que permite transferências instantâneas.

O Drex também vai contar com esse tipo de pagamento, liquidando transações quando ela ocorrer.

Porém, o Drex vai oferecer outros produtos e serviços financeiros: crédito, investimento, seguros, serviços inteligentes, entre outros.

 




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