Custo fixo e variável: veja casos em que pode ser discutível classificar um custo entre fixo e variável.
Apesar de a regra ser clara, na hora de classificar um custo entre fixo e variável alguns deles podem gerar uma certa polêmica.
Veremos, neste material, alguns casos em que pode ser discutível classificar um custo entre fixo e variável.
Utilizaremos como base, este outro conteúdo aqui do blog: Custo fixo ou custo variável? Como saber identificar
Assim, o raciocínio para a avaliação é sempre o mesmo: o custo é influenciado pelas as vendas? Vendendo ou não, o custo se mantém o mesmo?
Energia elétrica
Ao abrir um negócio é necessário energia para suprir as necessidades de iluminação e todos os equipamentos que serão utilizados.
Veja só, a empresa ainda nem está operando e o custo com energia elétrica já existe. Nesse caso, vendendo ou não vendendo, existe um custo.
Pensando dessa maneira, a energia elétrica é um custo fixo. Mas e se as vendas influenciarem no consumo de energia?
E se cada produto vendido precisar passar por um equipamento que demanda um gasto de energia?
Nesse caso, quanto mais vender, mais consumo haverá e, aí, a energia elétrica torna-se um custo variável.
Agora vamos complicar um pouquinho mais.
E se existir ambas as situações? A empresa tem um ponto de iluminação que não é influenciado pelas vendas, mas também tem um equipamento que demanda uso de energia para que as vendas aconteçam.
Nesse caso, pode-se usar um conceito chamado de “rateio”, onde você pode identificar o percentual de gastos em cada utilização da energia elétrica.
Exemplo: a conta de energia apenas para iluminar o ambiente é de R$ 100,00. Mas, quando se usa o equipamento para atender as vendas realizadas a conta de energia passa a ser R$ 500,00.
Solução:
Gasto total com energia |
R$ 500,00 |
100% |
Gasto fixo com energia |
R$ 100,00 |
20% (100 / 500) |
Gasto variável com energia |
R$ 400,00 |
80% (400 / 500) |
Ao aplicar 20% sobre sua conta de energia elétrica, você saberá o custo fixo. Ao aplicar 80% sobre o total da energia gasta, sabe-se o custo variável.
E como chegar nesses valores separados? Avaliando o consumo de cada equipamento utilizado.
Equipamentos elétricos saem da fábrica com uma ficha técnica. Nela deve estar sempre informado o consumo. Ao verificar quanto cada equipamento consome, pode-se entender o quanto eles representam na conta de luz em cada período.
A ideia que aplicamos para a energia elétrica também pode ser aplicada aos telefones, internet, água, gás, dentre tantos outros custos que estão envolvidos com as vendas, serviços ou produção dentro das empresas.
Mas para cada caso deve-se avaliar uma forma clara para fazer as medições.
Impostos sobre as vendas ou serviços
Como sabemos, são inúmeros os impostos e obrigações que fazem parte do dia a dia das empresas. Dentre tantos outros que permeiam a vida dos empresários no Brasil, os principais são:
- IRPJ – Imposto de Renda Pessoa Jurídica
- IRRF – Imposto de Renda Retido na Fonte
- IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados
- ICMS – Imposto sobre circulação de mercadorias
- PIS – Programa de Integração Social
- COFINS – Contribuição para Financiamento da Segur. Social
- ISSQN – Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza
- IOF – Imposto sobre Operações Financeiras
- FGTS – Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
- INSS – Instituto Nacional de Seguro Social
Via de regra, os impostos variarão conforme o montante faturado pela empresa.
Já as obrigações acessórias, terão um valor fixado conforme a folha de pagamento, por exemplo.
Trouxemos a questão dos impostos para cá, pois é uma classificação que pode gerar dúvidas.
Neste conteúdo sobre como fazer um Demonstrativo de resultados (DRE), mostramos que os impostos podem ser deduzidos das receitas no item de deduções da receita operacional bruta.
Em um DRE, a contabilidade apura os valores das vendas e, na sequência, deduz o valor dos impostos que elas geraram.
Assim, tem-se a receita líquidas das vendas, já com os impostos deduzidos.
Mas se desejarmos identificar os impostos junto aos custos, eles serão (na maioria dos casos) custos variáveis.
Por que “na maioria dos casos”?
Há empresas em que o faturamento é baseado em parte, por contratos fixos.
Isso quer dizer que o faturamento que provém destes contratos, terá um valor determinado de forma antecipada. Assim, se este valor é estável, o imposto gerado por ele também será.
Poderia essa parte do imposto ser considerado um custo fixo? Uma questão de interpretação.
Tendo em vista que o imposto das vendas fixas não será pago em uma guia separada, mas sim agregado aos demais impostos gerados por vendas e serviços variáveis, a tendência é que eles sejam custos variáveis.
No entanto, se o gestor desejar saber quanto realmente sobrou de lucro referente especificamente as vendas de um período, não poderá considerar a parte do imposto que refere-se aos contratos fixos.
Já as obrigações assessórias como FGTS e INSS podem ser consideradas como custo fixo.
O valor dessas obrigações é apurado sobre os salários e pró-labore.
Ora, se os valores da folha de pagamento são custos fixos, as obrigações geradas por eles também serão.
Estoques
As compras realizadas para fins de estoque são custos fixos, custos variáveis ou investimentos?
Produtos acumulados nas prateleiras podem ser comparados a uma pilha de dinheiro estocada.
Afinal de contas a empresa desembolsou uma quantia para comprar os estoques que possui.
Se o estoque é comprado especificamente conforme as vendas, pode ser considerado um custo variável.
Estoque de materiais de expediente que acontecem com uma frequência regular, podem ser considerados como custo fixo.
Aproveitar uma negociação de compra e adquirir um estoque maior do que o necessário, pode ser considerado como investimento da parte que foi a mais.
O estoque é necessário para que as vendas ou a produção aconteçam. Sem ele não haverá faturamento.
Mas mesmo que haja um bom volume de vendas, se ao final do período o resultado financeiro da empresa não foi lá essas coisas, um dos indicativos é que o estoque pode estar mal gerenciado.
Compras malfeitas aumentam a necessidade de dinheiro no caixa e podem influenciar em redução nas vendas, pois a empresa não tem caixa suficiente para comprar os produtos que precisa para vender nas horas certas.
É necessário um bom controle de estoques mínimos e máximos e de giro de estoque para que os gastos com estocagem se tornem um investimento.
Ao adotar boas práticas de controle de estoque, a empresa pode identificar momentos para investir em produtos que trarão bons resultados.
Do contrário, os estoques são apenas um custo que a empresa precisa arcar.
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