Custo benefício: como funciona?

Custo benefício: como funciona, o que significa custo e benefício, qual a relação entre eles, como analisar e um exemplo prático.

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A expressão “custo-benefício”, de certa forma, já virou quase um jargão popular.

Você está para comprar algo e precisa decidir entre uma coisa ou outra. Aí você mesmo ou o vendedor já vem com: Olha, o custo benefício deste item aqui é melhor!

Do lado dos consumidores, ter uma grande opção de escolha entre tantos produtos e serviços oferecidos faz com que estejamos agindo de forma muito ativa sobre a economia da nossa comunidade, região ou país.

Ao ver os prós e contras de um produto, serviço ou projeto, a análise do custo benefício vai levar a uma melhor escolha.

O custo benefício sempre será baseado em uma opção que se faz, de forma que haja uma boa relação entre o que se gasta e aquilo que se recebe em troca.

É por ele que as empresas ou pessoas físicas compram ou fazem algo onde o benefício é maior que o custo de comprar ou produzir.

Podemos dizer também que o custo benefício é ligado à gestão estratégica de projetos. Ele vai mostrar a economia de recursos e as ações positivas que um projeto pode trazer.

Além disso, pode incentivar produtividade dos colaboradores e pode determinar que se use materiais mais baratos, mas de qualidade comprovada.

 

Mas o que que é custo e o que é benefício?

O custo é o gasto que se tem com uma determinada produção ou aquisição de uma mercadoria ou serviço.

Mas quando falamos em custo benefício, o custo não é apenas o valor financeiro envolvido. Ele pode ser afetado por outras questões menos tangíveis.

O benefício é o resultado que se obtém ao adquirir um produto ou serviço. Ele pode estar ligado ao valor em dinheiro gasto ou por questões abstratas como as vantagens que as pessoas podem ter.

 

Relação custo benefício

A relação custo benefício é entendida através de um indicador que é usado para avaliar uma proposta financeira ou projeto.

A relação compara o valor ou tempo a ser gasto em relação ao benefício de se gastar, sendo muito importante levar em consideração ambos (custo e benefício).

A esta abordagem comparativa dá-se o nome de “análise custo-benefício”.

Um bom exemplo dessa análise está nas obras públicas de um governo. Ao identificar o quanto ela poderá ajudar a população em uma região, pode-se determinar a relação custo benefício, optando-se em fazer ou não fazer.

Outros exemplos que podemos citar aqui são:

  • ao preparar uma refeição em um restaurante, um item de qualidade será mais caro. Mas, em compensação, dará um sabor diferenciado ao prato, trazendo mais clientes?
  • um produto de uma marca desconhecida pode ser mais barato, mas resultará na mesma qualidade de uma marca mais conhecida?

 

Como fazer uma análise de custo benefício?

Primeiramente, é importante pensar em como será feita a análise.

O Livro “Cost-benefit Analysis: Concepts and Practice” de Anthony E. Boardman, enumera um processo que pode ser usado para analisar o custo-benefício:

  • a) Definir os objetivos;
  • b) Considerar alternativas que podem ser feitas no lugar;
  • c) Quem são as pessoas envolvidas e afetadas;
  • d) Qual será a linha de tempo e quais os efeitos no longo prazo;
  • e) Quais os custos e riscos envolvidos;
  • f) Quais serão os ganhos financeiros;
  • g) Os riscos e ganhos subjetivos devem ter um valor financeiro atribuído para que se consiga medir;
  • h) Qual o montante no qual os benefícios vão ultrapassar os custos?

A partir disso, a relação custo benefício pode ser medida.

 

Medição por escalas

Uma das formas de medir os resultados é com base em notas a serem dadas para o produto ou serviço.

Cria-se, por exemplo, uma escala de 1 a 5. Com ela temos uma maneira eficiente de realizar uma análise.

Bastaria relacionar as características do produto ou serviço, comparando com outros produtos ou serviços de referência.

Supondo que nossa escala fosse de 1 a 5, poderíamos ter o seguinte:

  • 1: Não atende as expectativas
  • 2: Atende em algum ponto
  • 3: Atende aos pontos desejados de forma parcial, faltando algo
  • 4: Resolve o problema e atinge as necessidades
  • 5: Supera todas as expectativas

A pontuação de cada um dos quesitos leva a um resultado (positivo ou negativo). Assim, sabe-se se haverá um bom custo-benefício.

Mas o que pontuar?

Bom, tudo vai depender do que se quer analisar.

Veja alguns exemplos:

Custos

Benefícios

Quantas horas que serão dedicadas com treinamento e execução?

Qual o valor da receita que será gerada?

Qual o número de funcionários envolvidos?

Haverá aumento de produtividade no longo prazo?

Haverá contratação adicional?

O serviço prestado vai ficar melhor?

Quais os custos operacionais com contratação de ferramentas, softwares, entre outros?

Qual o efeito positivo na vida dos funcionários?

Quanto será a perda de produtividade?

A reputação da empresa será positiva?

Qual o efeito negativo na vida das pessoas envolvidas?

Os clientes terão uma percepção positiva e, com isso, haverá um aumento da fidelidade?

Poderá haver perda da reputação?

 

Medição pela fórmula da relação custo benefício

Um pouco mais complexo do que medir o custo-benefício por escalas, é aplicar a fórmula da relação custo-benefício (FCB).

A fórmula é a seguinte:
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Onde:

CFe

Cash Flows de exploração

Cash Flow” significa “Fluxo de caixa”.

O “Fluxo de caixa de exploração” (CFe) corresponde à soma dos resultados líquidos, amortizações, provisões e encargos financeiros de financiamento em cada um dos exercícios levados em conta na análise.

CFi

Cash Flows de investimento

O “Fluxo de caixa de investimento” (CFi), também conhecido como CFROI, é a forma de medir o desempenho financeiro de um investimento, produto, serviço ou da empresa como um todo.

Em poucas palavras, é o Retorno sobre o Investimento.

O CFi representa os valores de fluxo de caixa associados às operações de investimento.

i

Taxa de atualização

A taxa de atualização deve ser algo próximo da taxa de rentabilidade dos capitais próprios da empresa e da taxa média que se consegue obter crédito.

N

Taxa de vida útil

A taxa de vida útil refere-se ao tempo que o produto, serviço ou projeto irá durar.

Quando o resultado deste cálculo ficar acima de 1, o projeto pode ser considerado como positivo e com um bom custo benefício.

 

Um exemplo prático

Pessoas compram carros, às vezes, por impulso. Fazem financiamentos, gastam o que tem e o que não tem para conseguir ter aquele carro.

Outras pessoas compram carros por necessidade, para conseguir trabalhar, deslocar-se até os supermercados, farmácias, hospitais, escolas ou universidades.

Por impulso ou necessidade, uma avaliação de custo benefício nesse caso torna-se bem interessante.

Avaliar questões como consumo de combustível, manutenções, seguro, IPVA, licenciamento e depreciação, estão entre os itens de custos que o carro trará.

Esses custos, por vezes, podem pesar mais do que deveriam no orçamento.

O peso de um carro no orçamento doméstico pode gerar outros custos, menos tangíveis como a falta de dinheiro para outras prioridades que a família precisa.

Quais seriam os benefícios de se ter um carro?

Maior facilidade para ir e vir, necessidade de deslocar-se até o trabalho ou clientes, status social…

A partir do momento que se tem esses itens em mãos, pode-se analisar e comparar a escolha do carro. Um carro popular, intermediário, de luxo?

Qual a real necessidade?

Ao mapear cada um destes fatores, é possível pontuar positiva ou negativamente a compra de um carro, ou mesmo a compra de um modelo A ou B que melhor atenda a sua necessidade.

 




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